Praias da Zona Sul do Rio São Liberadas para Banho

O lixo que na quinta-feira tomou conta da praia de Copacabana, no Rio, desapareceu ontem, dando lugar a multidão de banhistas que aproveitou águas limpas. Nova análise da Feema liberou todas as praias da zona sul para o banho com exceção do Leblon. O final de semana, no entanto, não será de tempo bom. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, hoje e amanhã será de céu nublado com pancadas de chuva, devido à frente fria. O dias serão chuvosos até segunda-feira. A Defesa Civil está em estado de alerta. As temperaturas, porém, continuarão altas: de 21 a 36 graus. Segundo a Feema, Copacabana, Ipanema, São Conrado e Leme, que até quinta-feira eram impróprias para banho, estão liberadas. Não estão balneáveis só Leblon e trecho da Barra da Tijuca até o Pepê. Os banhistas não se importaram o diagnóstico. “A água está transparente, sem nenhum lixo. É difícil acreditar que não está própria para banho”, disse a turista paulista Maria Clara Chagas, 39 anos.

Ontem, a máxima no Rio foi de 38,8 graus. Copa estava lotada. “Hoje a água está ótima, o mar está calmo e na temperatura certa. A qualquer hora vai chover, então quis aproveitar o sol”, disse a atendente Késsia Lima de Queiroz, 19 anos, que foi de Nilópolis para o Posto 2.

Na Barra, o dono do quiosque Renascer, Márcio Mascaro, foi preso em flagrante por homens da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados, por furto de água. Na operação, na altura do Alfabarra, 16 chuveirinhos e quatro bicas ilegais foram desativadas pela Cedae.

Um mergulho refrescante, banho de mangueira, sorvete de frutas ou vitamina bem gelada. Quem aproveitou as opções para enfrentar o calor animal ontem no Rio foram cães, ursos, tigres e um chimpanzé.

No zoológico ou na casa dos donos, a bicharada sente no pêlo as altas temperaturas. Os que mais sofrem são os mamíferos, diz o veterinário do Zoonit, em Niterói, Thiago Muniz. O chimpanzé Jimmy toma água e vitamina gelada e faz a festa quando é dia de banho de mangueira, como ontem.

Pingüins contam com água refrigerada em Niterói e, no Riozoo, ficam em local com ar-condicionado. Diretor-técnico do Riozoo, Victor Hugo Mesquita conta que a dieta dos animais é mais leve. Frutas ricas em água, como melancia, melão e laranja, e sorvete são iguarias saboreadas por ursos e tigres.

Dona do labrador Buddy, 5 anos, além de outro cão e dois gatos, a veterinária Márcia Abreu procura dar conforto para seus bichos. Buddy se esbalda numa tina cheia d¿água, uma das gatas dorme no azulejo frio do banheiro.

Para donos de bichinhos de estimação, Márcia recomenda tosa em animais peludos. “Também não se deve passear com os cães no sol quente. O dono vai de tênis, mas o cachorro queima as patinhas”, alerta. Para gatos, a dica é deixá-los quietos no lugar mais fresco da casa. Como o metabolismo dos felinos fica mais lento, qualquer esforço para brincar vai cansá-los. Alimentar os animais, só à noite, orienta. De dia, eles podem não comer bem. E deixar água fresca sempre à disposição.

Fonte: TERRA

Zoológico de Niterói Pede Socorro

Bernardo Camara

Com cerca de 500 animais, alguns raros e em extinção, o Zoológico de Niterói (ZooNit), na região metropolitana do Rio de Janeiro, está passando por dificuldades. Mantido com o dinheiro arrecadado na bilheteria – que cobra apenas R$ 4 – e por um repasse da prefeitura, que diminuiu a verba desde o início do ano, por contenção de despesas, o ZooNit precisa urgentemente de recursos. Hoje, há 14 funcionários e alguns voluntários que improvisam como podem para dar um mínimo de dignidade aos bichos. Chegando ao ZooNit, nossa reportagem encontrou dois policiais militares do Batalhão Florestal entregando alguns pássaros presos em gaiolas. “É da fauna silvestre, foram apreendidos em uma residência”, explicou um deles. A cena é comum. Diariamente, eles recebem animais resgatados fora de seus habitats, como tartarugas verdes, corujas e pingüins.

O principal trabalho desenvolvido pelo zoológico é o de reabilitação: após receberem os cuidados necessários, eles são devolvidos para suas “casas”. Veterinários e especialistas fazem doações que pesam no bolso. Eles se sentem sobrecarregados e pedem apenas melhores condições de trabalho.

Para dar conta de tantos animais recebidos, o veterinário responsável, Thiago Muniz, trabalha de domingo a domingo, pois só tem o apoio de mais um profissional. Com horário de trabalho de 8h às 14h, diz que já chegou a ficar até as 22h pela sobrecarga de trabalho. “A gente faz por prazer, consegue manter a duras penas. Mas se pudesse trabalhar com condições satisfatórias, seria melhor”, disse, enquanto cuidava de um pássaro ferido. Your browser may not support display of this image.

Muniz conta que a redução de verba da prefeitura tem dificultado bastante o trabalho e prejudicado principalmente os animais. “Uma vez, eu estava no meio de uma cirurgia em um mico, quando a luz foi cortada. Precisei ficar com o celular ligado para enxergar o que estava operando”, recorda. “Não é fácil, mas a gente dá um jeito, se dispõe a continuar”.

Giselda Candiotto, presidente do ZooNit, conta que desde maio de 2006, a prefeitura reduziu em 40% o valor repassado para o zoológico. “Conseguimos nos manter até dezembro de 2006, quando diminuíram mais 10%. Aí, entramos em crise”, disse. “Nós tínhamos a receita ideal, mas agora precisamos diminuir o ritmo, as obras, e esperar patrocínio”, lamenta.

O presidente da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), Jose Mauro Haddad que faz o repasse de verba para o zoológico, explica que em 2005 a doação era de R$ 12 mil. “Passamos para R$ 30 mil, pois a Giselda disse que precisaria fazer algumas obras, a pedido do Ibama e do Ministério Público. Mas, no meio de 2006, a prefeitura começou a passar por dificuldades orçamentárias. Fixamos em R$ 18 mil, mas no fim do ano, houve dificuldades maiores ainda e tivemos que passar para R$ 15 mil”, explica.

Haddad deixa claro que a prefeitura não tem obrigação de sustentar a o zoológico, já que ele é administrado por uma instituição privada – a Fundacão Jardim Zoológico de Niterói. “Ajudamos porque é importante para o turismo. Damos R$ 15 mil com um esforço tremendo”, afirma. Giselda não discute a declaração, mas pede bom senso. “Eles não têm obrigação mesmo de nos sustentar. Mas é uma questão de consciência, pois são animais resgatados”, diz.

O presidente da Neltur cobrou ainda a participação do estado, que nunca se prontificou a ajudar. “De todos os animais recolhidos no Rio, o único zôo os acolhe é o zoológico de Niterói, por ser o que mais reintegra os bichos. O ZooNit está atendendo a todo o estado, e não recebe um centavo”, criticou.

Há dez anos no ZooNit, o tratador de animais Luciano Firmino diz que a situação é sem precedentes e reafirma que os maiores prejudicados são os bichos. Mostrando o lugar onde ficam os macacos-pregos, aponta para o chão com restos de comida. “Antes, eles tinham frutas o dia inteiro. Agora tivemos que reduzir a quantidade e eles estão comendo até casca de laranja e banana”, lamenta.

Firmino mostrou também as telas que envolvem o local onde ficam os tucanos. Enferrujadas, ele diz que o Ibama já cobrou suas trocas, pois as aves podem até morrer se ficarem passando o bico nas telas, mas que não há dinheiro para mudar tudo de uma vez. “Vamos tentando fazer as modificações pouco a pouco, do jeito que dá”, diz. “Nunca vi isso aqui passar tanta necessidade quanto neste ano”.

Iniciativa

Indignados com a precariedade do lugar, um grupo de voluntários tentam mudar o quadro. Uma das primeiras a se mobilizar, a comerciante Aparecida Negreiros, afirma que a preocupação atual é divulgar o problema, para que outras pessoas possam contribuir. “Precisamos arrecadar recursos. As pessoas podem ajudar com medicamentos, alimentos, dinheiro”, disse, acrescentando que já houve uma melhora através de doações. “As pessoas precisam saber o que está acontecendo”.

Junto com Aparecida, algumas estudantes de desenho industrial estão desenvolvendo um projeto de enriquecimento ambiental, estudando algumas modificações nos locais onde ficam os animais. A intenção é readaptar as jaulas para dar a eles um maior conforto e usar materiais alternativos, como caixas de ovos, para isolamento acústico.”A gente tem que melhorar esse lugar”, diz a comerciante.

A preocupação dos funcionários com os bichos é tanta que o lugar é referência em cuidados, mesmo nas condições atuais. Até cachorros e gatos são deixados no local para tratamentos. Apesar da sobrecarga, o veterinário Thiago Muniz não rejeita nenhum deles e já cuidou até de um pombo ferido. “Somos todos apaixonados pelos animais”, explica Giselda.

Quem puder colaborar com o ZooNit, pode entrar em contato pelo telefone (21) 2721-7069, ou fazer uma visita. O endereço é Alameda São BoaVentura 770, Fonseca, Niterói.

Fonte: SRZD

Resgate de Pinguins no Litoral Brasileiro

Debilitadas após viagem, aves devem ser mantidas aquecidas para a recuperação

Ao contrário do que muita gente pensa, os pingüins de Magalhães que são resgatados já com a condição física bastante prejudicada na costa brasileira não devem ser colocados em ambientes gelados, mas sim aquecidos. Segundo o veterinário Thiago Muniz, do zoológico de Niterói (RJ), as aves que costumam aparecer nas praias brasileiras já chegam extremamente debilitadas, com aproximadamente um terço de seu peso normal e com uma camada muito fina de gordura. “Se elas forem colocadas num ambiente frio, gastarão ainda mais energia para se manterem vivas, o que pode ser prejudicial”, afirmou o veterinário. Dos cerca de 50 pingüins que estão se recuperando da maratona marítima que fizeram entre o estreito de Magalhães e o Rio de Janeiro, 30 estão bastante frágeis e vêm sendo mantidos debaixo de luzes que os aquecem. “A alimentação deles também deve ser observada de perto. No começo, só soro. Depois, passamos para uma sopa de peixe e, só após um tempo, podemos dar peixes inteiros, porque o animal gasta muita energia para digerir”, explicou Thiago Muniz. O veterinário do Centro de Recuperação de Animais Marítimos (Cram) Rodolfo Silva concorda com Muniz e lembra que, das 17 espécies de pingüins existentes, apenas duas são antárticas. “O ideal é mesmo manter os animais que se desgarram do grupo e vêm parar no Brasil em locais ventilados e aquecidos, que tenham água” afirmou Silva. (CRISTINA TARDÁGUILA)

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