Jibóia Rara, Que Pode Custar até US$ 1 Milhão, Está Desaparecida

Americano teria pago US$ 1 milhão e retirado a cobra ilegalmente do Brasil. A cobra tem uma mutação genética rara, chamada leucismo.

Um milhão de dólares pode ser o preço de uma cobra. O animal que vale essa fortuna carrega a riqueza no próprio nome: Princesa Diamante. Uma jiboia raríssima. A única no mundo com a pele toda branca e os olhos negros.

É o xodó do americano Jeremy. “É muito difícil descrever o carinho que sinto por essa cobra”, diz o americano.

Ele adora se exibir com o bicho em vídeos e fotos na internet. Mas prefere esconder o passado e o presente da cobra valiosíssima, que hoje está desaparecida.

As respostas para o sumiço da Princesa Diamante podem estar aqui no Brasil. Em 2006, a cobrinha branca foi encontrada no meio da mata, no Rio de Janeiro, e levada para o Zoológico de Niterói.

Pesquisadores descobriram que a jiboia tem uma mutação genética rara, chamada leucismo. “Seria a primeira jiboia a registrar no mundo esse padrão”, explica Aníbal Melgarejo, biólogo do Instituto Vital Brasil.

Pele clara e olhos pretos. A cobrinha ficou famosa, apareceu na TV. Mas nunca foi mostrada aos visitantes. “Ela nunca ficou em exposição. Que eu me lembre, ela nunca ficou em exposição no zoológico”, conta Thiago Muniz, veterinário.

Thiago Muniz, que trabalhou no zoológico, questionou a administradora do zoológico, a Giselda Candiotto, sobre a serpente.

“Ela informou que ia levar o animal para casa, e alguns meses depois nos foi informado que o animal veio a óbito”, conta Thiago.

Em 2011, o zoológico foi fechado por maus-tratos aos animais. Nessa época, também se constatou que alguns bichos haviam desaparecido, entre eles, a jiboia rara.

O Ibama e a Polícia Federal começaram a investigar e deram de cara com os vídeos e fotos de Jeremy, todos disponíveis na internet.

“Em 2010, ele começou a postar um vídeo de uma jiboia leucística também, já adulta. E aí nós começamos a achar que era muita coincidência e começamos a investigar mais a fundo e chegamos à conclusão que é o mesmo animal”, conta Carlos Magno Abreu, analista ambiental do Ibama.

Jeremy é um dos maiores criadores de serpentes dos Estados Unidos. Segundo as investigações, ele veio ao Rio em 2007 para negociar a compra da cobra com a gestora do zoológico.

A transação teria sido concluída em 2009, quando Jeremy teria tirado o animal ilegalmente do Brasil pela fronteira de Roraima com a Guiana.

Na casa de Giselda, a polícia encontrou fotos dela e do marido dela com Jeremy nos Estados Unidos. Ainda falta esclarecer o valor que a ex-gestora teria recebido pela venda.

“A gente estima algo em torno de US$ 1 milhão, que tenha sido pago por esse animal”, diz carlos Magno Abreu.

“Acaba sendo um animal de um valor muito alto pra essas pessoas por conta da possibilidade de cruzar esse animal”, conta Thiago.

Exatamente o que Jeremy teria feito.  “Os primeiros filhotes foram vendidos na faixa de US$ 60 mil. Tem filhotes de US$ 35 mil, de US$ 25 mil”, revela Franco Perazzoni, delegado da Polícia Federal.

Uma cobra igualzinha à Princesa Diamante, que seria netinha dela, foi parar na Itália. “Tem um vídeo do Jeremy, ele vai pra Itália e ele vai lá pra ver uma serpente que seria neta da “Princess Diamond”, desse animal que ele tinha lá”, afirma Franco Perazzoni.

“Há alguns anos, mostrei pra esse cara a Princesa Diamante. Ele decidiu comprar um par de filhotes e reproduzir a cobra branca. Que experiência incrível!”, diz Jeremy num dos vídeos.

Giselda e o marido, José Carlos Schirmer, foram presos na semana passada e vão responder por tráfico internacional de animais, contrabando e apropriação indevida.

Nos Estados Unidos, a polícia fez uma busca na casa de Jeremy, mas não encontrou a Princesa Diamante.

“A informação que a gente tem é que ela já morreu duas vezes. A primeira no Brasil e agora o Jeremy diz que teria falecido em janeiro e não apresenta uma carcaça, nada”, conta Franco Perazzoni, delegado da Polícia Federal.

A prisão dele foi pedida pelas autoridades brasileiras. Entramos em contato com Jeremy por e-mail, ele diz que não vai responder perguntas da imprensa e completou dizendo que foi orientado a não falar mais sobre o caso. A ex-administradora do Zoológico de Niterói também não quis falar.

“O maior interesse que nós temos em relação a essa investigação é repatriação do patrimônio genético nacional, que são as serpentes. Ele é um animal capturado na natureza, então ele pertence ao estado brasileiro”, finaliza Franco Perazzoni, delegado da Polícia Federal.

E a busca pela cobra de US$ 1 milhão continua.

  Fonte: GLOBO

Gavião Ferido é Resgatado por Morador de Niterói

Um gavião-carijó foi encontrado em um quintal do bairro Fonseca, em Niterói (RJ), no último domingo, dia 7. “Ele estava com um ferimento na asa”, conta o morador Paulo Coutinho, que levou a ave para a Fundação Jardim Zoológico de Niterói (Zoonit). O local possui um espaço voltado à reabilitação de animais silvestres.

A fratura foi grave e não se pode confirmar o que a teria ocasionado. “Há uma série de possibilidades, mas o mais provável é que tenha sido uma predada ou algo do tipo”, afirma Thiago Muniz, veterinário do Zoo.

Até ser resgatado, o gavião perdeu muito sangue e nesta sexta-feira ainda não conseguia se alimentar sozinho. Ele tem recebido soro por meio de uma sonda. “Bom com certeza ele irá ficar, mas já sabemos que será inviável sua devolução à natureza”, diz Muniz. A lesão faz com que o animal não tenha mais equilíbrio para voar e ele será mantido em cativeiro.

O gavião-carijó, Rupornis magnirostris, pode ser encontrado em todo o Brasil. Possui aproximadamente 36 centímetros e se alimenta de pequenos lagartos, cobras, pássaros e roedores.

Além de gaviões, a Fundação Zoonit já resgatou e reabilitou jacarés, tamanduás, pinguins, tartarugas-marinhas, cobras, gambás, quatis e corujas.

  Fonte: PEA

Pinguins Viram Atração no Zoológico de Niterói

Animais estão no Horto e ainda não foram batizados (Foto:Luiz Nicolela) ::

O Horto Botânico de Niterói, no Fonseca, conta com novos “hóspedes”. Pouco antes do Natal, três pinguins foram encontrados por um pescador na orla marítima do Rio, e entregues na unidade. Desde então, as aves – naturais de regiões muito frias – estão aos cuidados de veterinários. Os animais se transformaram em atração para os visitantes.

Os pinguins, que ainda não foram batizadas, chegaram ao litoral brasileiro por um fenômeno conhecido como dispersão. Na necessidade de procurarem comida em regiões oceânicas, as aves acabam sendo levadas por correntes marítimas, que se intensificam nessa época do ano. “É um processo natural. Neste caso, a interferência humana pode estar nas pescas predatórias, que acabam escasseando os peixes que eles precisam para se alimentar”, explica Thiago Muniz, veterinário do Horto.

Os pinguins-de-magalhães são característicos de águas temperadas e costumam habitar zonas costeiras da Patagônia, no sul do Chile e da Argentina. Por terem perdido muito peso, eles ficarão em processo de recuperação, até que seja decidido um destino. O mais provável é que eles sejam encaminhados para um aquário.

Fonte: O SÃO GONÇALO

Donos Explicam seu Carinho por Bichos “Esquisitos”

Há cobras, gambás, porquinhos da índia e até emus. Bruno, apaixonado por répteis, diz que amor é igual a cães e gatos.
Cláudia Loureiro Do G1, no Rio Foto: Arquivo Pessoal/Bruno Rangel

A jiboia Malembe Malembe mora num estúdio com instrumentos musicais (Foto: Arquivo Pessoal/Bruno Rangel)

De vez em quando, o engenheiro Bruno Rangel, de 38 anos, gosta de passear na praia com seu bicho de estimação. Rotina normal, se não fosse por um detalhe: o animal é uma jiboia que, enrolada no pescoço, circula entre os amigos, já acostumados com a “esquisitice” de Bruno: a paixão por répteis é antiga. “Tenho fascinação por réptil. Desde moleque sempre gostei. Sempre morei em casa e perto de mato, e sempre aparecia cobra lá em casa. Nunca tive medo. Se morasse num espaço com açude ia ter também um jacaré”, conta ele. Bruno faz parte de um grupo que, apesar de curtir cães, gatos, periquitos e afins, prefere ter em casa uma espécie diferente, como porquinhos da índia, gambás, pavões e até emús, um “primo” da avestruz. O carinho, dizem os donos, é o mesmo dispensado a gatos e cães. Eles não sabem ao certo como explicar o motivo da afeição, mas garantem que o amor começa ainda na infância. Cobra veio de TAM, brinca o dono A cobra Malembe Malembe é um macho e foi comprada pela internet num criadouro licenciado pelo Ibama, no Pará, e fez sua primeira viagem ainda bebê. “Ela veio de TAM  para o Rio. Foi colocada dentro de um pote de plástico porque ainda era muito pequena. Eles enviam como carga especial viva. Você escolhe no site, faz o depósito, quando o animal nasce, eles te enviam. E na compra você ganha um manual de instruções, onde aprende tudo, como criar, alimentar, o tipo e a temperatura ideal do viveiro”, disse Bruno.  
Foto: Arquivo Pessoal/Thiago Muniz

Emu é parente próximo da avestruz (Foto: Arquivo Pessoal/Thiago Muniz)

A alimentação, controlada, é feita a cada 15 dias e, normalmente, o prato principal são os porquinhos da índia também criados pelo engenheiro. Mas não há interação com o dono. “A cobra é bastante social depois que se acostuma com o manuseio, mas não tem nenhum tipo de memória, não reconhece nada, e não atende pelo nome”. Também apaixonado por bichos diferentes, o veterinário Thiago Muniz, de 27 anos, convive 24h por dia com animais. Em casa, além dos cachorros, ele divide a atenção com faisões, pavões, uma cobra, lagartos e até um casal de emus, aves herbívoras que são “primas” próximos da avestruz. “A minha preferência são esses animais. Pra mim cachorro e gato é que são exóticos”, brinca Thiago. Assim como Bruno, ele prefere criar os animais soltos e diz que, por terem sido criados juntos, não há briga de território. “Eles estão acostumados uns com os outros, mas não costumam interagir. A exceção, segundo ele, são os emus. “Eles são mansos, veem a gente e vêm atrás. Gostam do contato humano”.  
Foto: Arquivo Pessoal/Cleivison Carvalho

Um dos filhotes de gambá encontrado na lixeira (Foto: Arquivo Pessoal/Cleivison Carvalho)

Gambás tomam banho Conhecidos por seu odor nada agradável, três filhotes de gambás filhotes foram adotados pelo estudante de biologia Cleivison de Jesus Carvalho, de 21 anos. Eles foram encontrados no lixo e, segundo ele, ao contrário do que se pensa, não são fedorentos. “Eles tomam banho e gostam. São cinzas, mas não fedem”. Para o estudante, os animais “esquisitos” são fonte de estudo. “Tenho porque gosto, porque posso conhecer mais sobre a espécie. No futuro, quero me especializar na área de animais exóticos”, diz o estudante que já teve em casa uma cobra, batizada de Genoveva.  
Foto: Arquivo Pessoal/Wagner Cavalcanti

Os porquinhos da Índia Madona e Sakura no momento da refeição (Foto: Arquivo Pessoal/Wagner Cavalcanti)

Terapeuta diz que ‘é de fases’ O terapeuta Wagner Cavalcanti diz que é “de fases”. Tem cinco gatos em casa, dois coelhos, três calopsitas, uma tartaruga e dois porquinhos da índia, conhecidos como Madona e Sakura. “Sou de fases. Agora estou na fase dos gatos, mas tive a fase dos porquinhos da índia. Comprei na pet shop e como na época não separei, eles foram procriando. Cheguei a ter uns oito ou nove. Eles foram morrendo e fiquei com esses dois ‘highlanders’”, brinca Wagner. O que diz o Ibama Segundo o Ibama, há diferença entre esquisitos e exóticos. Esses últimos são todos aqueles que não fazem parte da fauna silvestre nacional. No Brasil, a lei federal de crimes ambientais, que proíbe a comercialização de animais, é a 9605/98. São considerados crimes contra a fauna “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida”. A pena para esses casos é de 6 meses a um ano de prisão e multa. Para o superintendente do Ibama no estado do Rio, Adilson Gil, ter ou não um animal silvestre em casa, como uma cobra, é uma questão que deve ser muito bem avaliada. “O ideal é avaliar se animal silvestre, mesmo os nascidos em cativeiro, devem ser mantidos como animais domésticos. A resolução 394/2007 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) trata exatamente disso. Animal não deve ser tratado como modismo, ou seja, não é como comprar um ipod porque todo mundo tem um”, argumenta.   Fonte: G1

Área do Cliente


Últimas Imagens

img_4725 img_4723 img_4722 img_4718 img_4713 img_4710

Contato

Telefone:
(21) 99458-0766

Mensagens:
Clique Aqui!
Ou
Acesse nosso Formulário