Após perder a parte de cima do bico devido a maus tratos de traficantes de animais, a tucana Tieta usava a parte de baixo para jogar pedaços de mamão para o alto e engoli-los. Mas, a cada três pedacinhos lançados, só um caía em sua boca.
Agora, com a ajuda de uma impressora 3D, Tieta não precisa mais fazer malabarismos. Ela ganhou um novo bico e já consegue se alimentar normalmente com ele. “Nos primeiros três dias após a cirurgia tentamos dar frutas, mas ela não entendeu que já tinha um bico e não conseguia comer. Mas quando passei a usar iscas vivas, como larvas e baratinhas, ela pegou imediatamente”, diz Roched Seba, diretor do Instituto Vida Livre, que coordenou o projeto. “Provavelmente ela havia comido isso quando estava em liberdade, então a memória de como usar o bico veio instintivamente”, acrescenta. Tieta foi resgatada de uma feira de venda ilegal de animais silvestres no Rio de Janeiro em março. Chegou ao centro de triagem do Ibama em uma caixa de papelão com outro tucano, bem maior do que ela. Estava magra, desnutrida e já sem parte do bico. “Não sabemos se houve uma briga entre os tucanos, que foram mantidos em um espaço muito pequeno pelos traficantes, ou se foram eles mesmos que ocasionaram a perda do bico. Mas, de qualquer forma, ela foi vítima de maus tratos”, diz a coordenadora do centro de triagem, Taciana Sherlock. Taciana diz que nunca havia visto um animal vítima de tráfico chegar com um trauma tão grande. Segundo ela, tucanos do bico preto como Tieta são comuns em feiras de comércio ilegal de animais silvestres. Quando eles são criados em cativeiro e vendidos de forma legal, custam até R$ 15 mil. Após se restabelecer no centro de triagem, o animal foi cedido pelo Ibama para o trabalho de reabilitação em maio. O bico foi implantado no dia 27 de julho.Tucano vítima de maus tratos ganha bico feito em impressora 3D – BBC Brasil em Londres
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/08/150819_tucana_bico_3d_lab?SThisFB
JORNAL DA BAND
GLOBO REPÓRTER – TRABALHO NA ÁREA DE SOLTURA FAZENDA SÃO BENEDITO
Trabalho desenvolvido na Área de Soltura Fazenda São Benedito, administrada pela ONG CONNECTA
http://connecta.org.br/
JIBÓIA RARA, QUE PODE CUSTAR ATÉ US$ 1 MILHÃO, ESTÁ DESAPARECIDA
JIBÓIA RARA, QUE PODE CUSTAR ATÉ US$ 1 MILHÃO, ESTÁ DESAPARECIDA
AMERICANO TERIA PAGO US$ 1 MILHÃO E RETIRADO A COBRA ILEGALMENTE DO BRASIL. A COBRA TEM UMA MUTAÇÃO GENÉTICA RARA, CHAMADA LEUCISMO.
PROGRAMA ENCONTRO – FÁTIMA BERNARDES
A Tucana Tieta foi resgatada pelo IBAMA em uma feira ilegal. O animal, por motivos desconhecidos, estava com uma fratura do bico superior o que dificultava a sua alimentação e consequentemente seu bem estar e qualidade de vida.
Em uma das nossas visitas ao CETAS o nosso amigo e parceiro Roched Seba, presidente do INSTITUTO VIDA LIVRE, teve a ideia de desenvolver uma prótese 3D para o animal. A partir desse momento a prótese começou a ser idealizada.
Os nossos também parceiros Daniel Neves e Taciana Sherlock, fiscais ambientais do IBAMA, compraram a ideia e por conta disso o projeto pode começar a sair do papel.
O Bico foi escaneado pelo laboratório NEXT da PUC RIO e feito pelo designer Gustavo Cleinman da COPPE UFRJ. A prótese foi resinada pela empresa Matéria Brasil.
A prótese ficou pronta no dia 26/07 e no dia 27/07 o procedimento cirúrgico foi realizado. A cirurgia foi feita na Faculdade de Veterinária da Universidade Anhanguera Educacional, pelos professores Thiago Muniz, Janh Ferreira e Frederico Passos.
No começo o animal não reconheceu a prótese como extensão do bico pois provavelmente já estava um longo período sem o mesmo. Gradativamente foi percebendo a presença da prótese e começou a utilizá-la como extensão natural do seu corpo. Voltou a pentear as penas, a acessar a glândula uropigiana, conseguindo impermeabilizar novamente as penas como todas as aves fazem naturalmente com a ponta do bico, além de ter facilitado muito a alimentação, fazendo com que ela voltasse a comer alimentos que não conseguia consumir por conta da ausência de parte do bico superior.
Dessa forma pudemos notar uma melhora significativa da qualidade de vida do animal após a colocação da prótese.